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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Regulamentação para pesquisas em nanotecnologia é prioridade em conselho governamental




A regulação da área de nanotecnologia está entre as prioridades das discussões do Conselho Interministerial do setor composto por nove ministérios, além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O segmento é apontado como solução para problemas enfrentados pela sociedade.
Para o diretor do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), Fernando Rizzo, é preciso atenção ao regular os estudos porque em escalas nanométricas alguns elementos podem oferecer risco. “Há uma preocupação que algumas dessas nanopartículas possam ser tóxicas”, alerta o diretor.
Outro fator que precisa ser levado em consideração é que as nanopartículas podem atravessar a membrana que protege o cérebro de componentes nocivos lançados na corrente sanguínea. “Uma questão básica da regulamentação é saber quais são os efeitos de nanopartículas em seres humanos. Para isso, tem que fazer pesquisa e saber como elas funcionam”, diz o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Flávio Plentz.
Para Plentz, a regulação é a segurança para que um produto que envolve nanotecnologia seja aplicado em qualquer outro produto. O professor de física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Peter Schulz, aponta que a  falta de regulação da nanotecnologia é um problema comercial em muitos países.
O mundo inteiro tem esse problema de regulação. Uma questão importante em nanotoxicologia é que não existe sequer os protocolos mais adequados para testar as nanopartículas, como pesquisar estruturas e que tipo de técnica ou instrumento se usa para medir as propriedades”, destaca.
Schulz é autor do livro A Encruzilhada da Nanotecnologia, que chama a atenção para os aspectos revolucionários da área e também às preocupações referentes aos impactos dessas inovações. Além das questões de saúde, tecnologias avançadas podem criar armas mais poderosas.