O projeto do satélite de pequeno porte Serpens – sigla para Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites – foi aprovado na Revisão de Segurança do Projeto (SAR, na sigla em inglês), feita à semana passada no Japão.
Agora, o modelo de voo do nanossatélite, que também foi aprovado há duas semanas nos testes realizados no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), e na Agência Espacial Japonesa (Jaxa), passa por uma fase de validação de alguns testes adicionais solicitados pela Jaxa.
Em agosto próximo o pequeno satélite deve ser enviado para a Estação Espacial Internacional (ISS). Sua colocação em órbita está prevista para outubro.
O Serpens, coordenado e apoiado financeiramente pela Agência Espacial Brasileira (AEB), começou a ser integrado em fevereiro último no LIT.
Coordenada pela professora Chantal Cappelletti, da Universidade de Brasília (UnB), uma equipe integrada por estudantes da UnB e da Universidade de Vigo da Espanha, trabalhou na integração e nos testes do CubeSat, com a participação e acompanhamento de técnicos e engenheiros do Inpe e estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que participaram do projeto e desenvolvimento do ITASat.
Testes - Entre os diversos testes pelos quais o equipamento passa estão o de vibração e termovácuo. O primeiro simula a situação a ser enfrentada no lançamento do foguete que o levará a ISS e o segundo as condições a que será submetido no espaço.
Em órbita, o pequeno satélite testará conceitos simples do uso CubeSat para o recebimento, armazenamento e retransmissão de mensagens por sistema de rádio. A proposta é ilustrar que no futuro pequenos satélites podem ser usados para agregar funcionalidade ao sistema de coleta de dados ambientais no país.
O principal objetivo do projeto Serpens é a capacitação de recursos humanos e a consolidação dos novos cursos de engenharia espacial brasileiros. Participam também do projeto as universidades federais do ABC (Ufabc), de Santa Catarina (UFSC), de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Federal Fluminense (IFF).
Do exterior, além da universidade espanhola estão no projeto a Sapienza Università di Roma (Itália) e as norte-americas Morehead State University e California State Polytechnic University.
Fonte: Agência Espacial Brasileira