A demanda mundial por energia pode subir cerca de 60% nos próximos 25 anos, conforme a previsão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Esse índice de crescimento representa um grande desafio para a indústria de combustíveis fósseis. Para atender a esta demanda, as grandes companhias apostam no desenvolvimento e evolução da ciência e da engenharia, especialmente na área de nanotecnologia.
Apenas recentemente tem se constatado avanços no uso da nanotecnologia em áreas chaves da indústria de combustíveis fósseis, como na exploração, monitoramento, refinação e distribuição. Sua utilização é tida como a solução iminente para resolver problemas críticos enfrentados no setor, tanto em relação a extração em localizações remotas (águas muito profundas), condições adversas (altas temperaturas e pressões) e também em reservatórios pouco convencionais, de areia betuminosa, óleos pesados ou gás apertado.
Neste cenário, a nanotecnologia ganha força como uma das principais alternativas para ir além do atual potencial de fornecimento de energia sem deixar de lado a preocupação com as questões ambientais. Por esta razão, a manipulação da matéria numa escala atômica e molecular é apontada como “pedra angular” de toda a energia no futuro, conforme afirma José Vega, articulista no portal venezuelano La Comunidad Petrolera, um dos maiores do segmento na América Latina.
Em alta não apenas na indústria de combustíveis fósseis mas também em diversas outras áreas que movem a economia nacional e internacional, a nanotecnologia faz parte de um mercado mundial que movimenta mais de US$ 100 bilhões, de acordo com a entidade Project on Emerging Nanotechnologies.
Fonte: Agência Gestão CT&I