Película desenvolvida por cientistas permite que alimentos tenham uma vida útil mais longa e que possam ser ingeridos por seres humanos
Tecnologias de ponta aplicadas ao agronegócio já geraram inúmeras invenções que beneficiam o consumidor final. Neste ano, uma das maiores descobertas anunciadas no Brasil foi a criação de um filme plástico que pode ser ingerido pelos seres humanos.
A descoberta foi de pesquisadores da Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (AgroNano), da Embrapa. Eles desenvolveram um produto comestível produzido a partir de alimentos como espinafre, mamão, goiaba e tomate.
As características do plástico– resistência, textura, capacidade de proteção – são parecidas às de um papel-filme convencional. De acordo com Luiz Henrique Capparelli Mattoso e José Manoel Marconcini, coordenadores da pesquisa, as matérias-primas usadas passaram pelo processo de liofilização, um tipo de desidratação em que, após o congelamento do alimento, toda a água contida é transformada em sólido diretamente gasoso, sem passar pela fase líquida.
O resultado é um alimento completamente desidratado, mas com propriedades nutritivas. O processo, segundo eles, pode ser feito com frutas, verduras, legumes e até alguns temperos.
Na Embrapa, o plástico ainda teve adicionado à sua fórmula a quitosana, um polissacarídeo presente na carapaça de caranguejos com propriedades bactericidas e isso, segundo os pesquisadores, aumenta o tempo de prateleira dos alimentos.
Fonte: Agro Almanaque