A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) acaba de aprovar os cursos de mestrado e doutorado do Programa de Engenharia de Nanotecnologia (PENT) da Coppe com conceito 5, avaliação máxima para um programa novo. Proposta inovadora no cenário científico e tecnológico nacional, o PENT oferecerá os primeiros cursos de engenharia de tecnologia do Brasil e sua criação é um dos marcos das comemorações dos 50 anos da Coppe. Segundo o professor Sérgio Camargo, coordenador do PENT, a aprovação pela Capes é apenas o início e muito ainda resta a ser feito. Será preciso consolidar o novo programa sob os pontos de vista administrativo, financeiro e acadêmico, além de estabelecer parcerias e colaborações com outras Instituições no Brasil e no exterior. "Enfim, precisamos seguir, à semelhança dos demais programas, um longo caminho rumo à excelência que tão bem nos caracteriza. Mas a criação do PENT no mesmo ano em que se comemoram os 50 anos da Coppe demonstra que nossa instituição ganha maturidade, olha para o futuro e se moderniza para acompanhar as demandas de seu tempo e do Brasil", diz ele. O diretor da Coppe Luiz Pinguelli Rosa também destaca a relevância do novo programa: “É muito importante a criação desse novo curso engenharia voltado para a nanotecnologia, especialmente tendo recebido a avaliação 5 da Capes. Outros programas da Coppe vão colaborar para essa nova atividade, com seus laboratórios e professores, mas haverá matriculas específicas para essa nova pós-graduação”, explica Pinguelli.
Para o vice-diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, o PENT será importante no desenvolvimento de novas técnicas e produtos para os mais diversos setores. “O mundo inteiro está investindo em nanotecnologia, setor que fará a diferença no setor industrial e na engenharia em geral. A Coppe já tinha várias iniciativas isoladas que utilizavam a nanotecnologia em seus mais variados programas, e a união de todas elas certamente vai gerar muita inovação”, disse ele.
O professor Sergio Camargo lembra ainda que o Brasil precisa se atualizar no ensino da nanotecnologia e a engenharia é a ponte entre o conhecimento básico e a aplicação. “A criação do PET resultou da percepção de demandas de diversos setores da sociedade. Congregando competências estabelecidas e formando recursos humanos altamente especializados na área, o PENT contribuirá para a criação de tecnologia própria no setor, gerando soluções para novos desafios e fomentando a inovação nesta área estratégica.” Ciência em nova escalaNanotecnologia é a tecnologia de manipular, controlar, projetar, simular, desenvolver, executar e fabricar objetos, estruturas, dispositivos e sistemas na escala de tamanhos entre 1 e 100 nanômetros, aproximadamente, que apresentem novas propriedades, funções ou desempenho devido às suas dimensões reduzidas. Concebida no final da década de 50, a Nanotecnologia ganhou impulso durante as décadas de 80 e 90 do século passado, passando a contar com o forte apoio e planejamento por parte dos governos dos países mais desenvolvidos a partir dos anos 2000. Os avanços alcançados até hoje nas diversas áreas da ciência e da tecnologia apontam para um papel cada vez mais importante da nanotecnologia em praticamente todos os setores do conhecimento, da economia, e da vida dos seres humanos. Analistas preveem que a nanotecnologia será um dos vetores que propiciará o equivalente a uma nova revolução industrial, e que seu impacto sobre a nossa sociedade será muito superior àqueles provocados pela eletrônica, informática ou comunicações.
Fonte: Coppe/UFRJ
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