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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Lançado o projeto NANOFlueGas


O INERIS (Instituto Nacional de Meio Ambiente Industrial e Riscos), da França, coordena, com duração de trinta e três meses, o projeto NANOFlueGas, cofinanciado pela Ademe (Agência do Meio Ambiente e Gestão de Energia), que tem por objetivo avaliar os riscos ligados à incineração dos nano-objetos e propor melhorias para os procedimentos de incineração e de tratamento dos efluentes

Em parceria com a Escola de Minas de Nantes (Centro Armines) e a empresa Trédi, o Instituto busca melhor compreender os mecanismos de emissão eventual de nanopartículas quando da combustão e deve avaliar, através de um protótipo experimental, a exequibilidade e a eficácia de procedimentos de incineração e de tratamento dos efluentes para os nano-resíduos.
Dentro de uma perspectiva de inovação "sustentável", o desenvolvimento das nanotecnologias precisa considerar a nanosegurança sobre o conjunto dos ciclos de vida dos produtos contendo nanomateriais, da produção à reciclagem. Ora, não existe hoje atividade industrial especializada na gestão dos nano-objetos no "final da vida"; do mesmo modo, a pertinência dos atuais procedimentos de tratamento para este tipo de resíduos não foi examinada, a regulamentação ainda não leva em conta a especificidade "nano" dos produtos na área da gestão/valorização dos resíduos.
Sobre a temática da segurança dos resíduos contendo nanomateriais, acaba de ser lançado para três anos (2011 - 2014) o projeto NANOFlueGas, do qual o Ineris assegura a coordenação.

Este projeto, sustentado pela Ademe e tem a marca do pólo competitividade EMC2, visa: melhor compreender os mecanismos de liberação das nanopartículas quando da combustão de nanoresíduos, na direção da redução das emissões; avaliar a eficácia dos processos a fim de adaptar e otimizar o tratamento de efluentes

O NANOFlueGAS se beneficia da sinergia de competências de três parceiros: do Ineris, o Departamento de Sistemas Energéticos e Meio Ambiente, centro comum da Escola de Minas de Nantes e de Armines, e a Trédi, filial do grupo Séché Environnement, especializado no tratamento de resíduos perigosos e não perigosos.




NANOFlueGas: mais um programa para avaliar os riscos da nanotecnologia.
Créditos: Americanlements.

Os primeiros trabalhos do NANOFlueGas, conduzidos sob a responsabilidade da empresa Trédi, têm por função identificar os depósitos contendo nanomateriais, estabelecer uma seleção de três nanomateriais que pareçam representativos, depois escolher os procedimentos de incineração mais próximos da realidade observada na área.

A seguir, o projeto deve dar lugar a um estudo das linhas de tratamento existentes para selecionar os procedimentos mais eficazes para tratar os nanomateriais. No aspecto experimental do projeto, no qual o Ineris e a Escola de Minas de Nantes têm responsabilidades, observam-se dois pontos: de um lado, a questão relacionada com a compreensão dos mecanismos de emissão e a caracterização dos nanomateriais presentes nas fumaças quando dos testes-piloto de incineração, na escala do laboratório e na escala industrial (nome, tamanho, composição química, granulometria, morfologia); de outro lado, a factibilidade de um procedimento de tratamento das fumaças, adaptado aos nanoresíduos, deverá ser estudado graças ao desenvolvimento conjunto de um protótipo, da avaliação de sua eficácia de filtração e, finalmente, da análise de sua viabilidade econômica.
Expoprotection (Tradução - MIA).


Fonte: LQES

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REFLEXÃO:
Ainda ouviremos falar muito sobre Nano-Efluentes e seus respectivos destinos e descartes no meio ambiente.

Esses dias (semana passada) estive em uma palestra de uma engenheira civil que falava sobre nanotecnologia e construção civil. Ela especificadamente trabalha com nanosílicas nos concretos.
E, em dado momento, comentou que a nanosílica que ela utiliza é muito "volátil", pois quando ela abre o potinho que contém o seu produto de trabalho ela "vê" que fica um monte deles "voando" pelos ares e mesmo com a máscara que ela utiliza acaba sentindo que está "consumindo" o nanoproduto.
Aí eu me questionei; se ela sendo especialista não toma os cuidados precisos, ou ela não tem noção dos riscos ou os desconsidera e continua a bem da "evolução humana". 

Aí outra questão me ocorreu; se ela age assim com sua própria saúde, ao não ter o mínimo de cautela e precaução, imaginem como estão milhares de trabalhadores que lidam com nanopartículas e suas respectivas empresas que não oferecem as devidas EPI's (equipamentos de proteção individual) e colocam em risco a vida e higidez dos mesmos.

Agora se questione: e esse cuidado por acaso é tomado em relação aos CONSUMIDORES?