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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Nanotecnologia brasileira melhora medicamento contra tuberculose



Nanotecnologia brasileira melhora medicamento contra tuberculose
Pesquisadores brasileiros usaram
sistemas microfluídicos
para produção de medicamento na forma
de micro e nanopartículas.[Imagem: IPT]

A rifampicina é um dos agentes antituberculosos ativos mais conhecidos, mas a sua baixa solubilidade faz com que o medicamento seja administrado em altas concentrações e possa provocar efeitos colaterais sérios.
A solução pode estar na produção da rifampicina por meio das modernas técnicas da nanotecnologia, segundo pesquisadores da Escola Politécnica da USP e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo).
Usando uma técnica chamada nanoprecipitação e um aparelho microfluídico, Juliana de Novais Schianti e Antônio Carlos Seabra conseguiram reduzir o tamanho das partículas do medicamento e melhorar sua taxa de dissolução.
Os resultados promissores acabam de ser publicados pelo periódico científicoJournal of Nanomedicine and Nanotechnology.
Foram produzidas partículas de maneira controlada com tamanhos entre 100 nanômetros e 1,2 micrômetro.
Essas nanopartículas apresentaram um perfil amorfo e uma maior taxa de dissolução em comparação com a rifampicina comercial crua.
"Os resultados foram promissores e permitiram compreender melhor o processo de automontagem da rifampicina em dispositivos microfluídicos", afirmou Juliana.
O processo foi patenteado e agora as duas instituições planejam realizar contatos com fabricantes de medicamentos interessados na tecnologia.
Quando for fabricada com nanotecnologia, a rifampicina, usada sobretudo contra a tuberculose, poderá ser aplicada em doses menores, preservando os efeitos e evitando os efeitos colaterais.