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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Nanopartículas de titânio rompem barreira de proteção do cérebro


Nano-titânio

Pesquisadores da Comissariado francês de Energia Atômica (CEA) e da Universidade Joseph Fourier demonstraram que as nanopartículas de dióxido de titânio afetam uma barreira fisiológica essencial para proteger o cérebro: a barreira hematoencefálica.

As nanopartículas de titânio - também conhecidas como nano-TiO2 - são produzidas em escala industrial e são encontrados em cosméticos, incluindo os protetores solares, em tintas e também em revestimentos autolimpantes e superfícies bactericidas.
O estudo demonstrou que as nanopartículas rompem a barreira, gerando inflamação e uma diminuição da atividade da glicoproteína-P, uma proteína essencial para a eliminação de substâncias tóxicas nos órgãos vitais como o cérebro.


Modelo da barreira hematoencefálica
Estudos anteriores demonstraram que as nanopartículas podem danificar o DNA das células. Outros pesquisadores chegam a comparar as nanopartículas ao amianto. Mas pouco se sabia até agora sobre seus efeitos sobre o sistema nervoso central.
Um estudo feito em ratos havia mostrado que, após uma instilação nasal, o nano-TiO2 pode chegar ao cérebro, principalmente no hipocampo e bulbo olfatório.
Os pesquisadores então se perguntaram como essas nanopartículas podem ser encontradas no cérebro, normalmente protegido de elementos tóxicos por uma estrutura especial: a barreira hematoencefálica.
Para responder a esta pergunta, a equipe usou um modelo in vitro de células desenvolvido para reproduzir a barreira de proteção do cérebro.
Graças ao modelo celular, que também é utilizado pela indústria farmacêutica para testar os candidatos a medicamentos em estudos pré-clínicos, os pesquisadores demonstraram que a exposição in vitro às nanopartículas de TiO2 resulta na acumulação cerebral do material nanotecnológico.
Perturbação da função cerebral
O modelo desenvolvido pelos pesquisadores reconstrói a barreira combinando dois tipos celulares principais: as células endoteliais (do sistema circulatório), cultivadas em uma membrana semi-permeável, e células gliais (do sistema nervoso). O modelo apresenta as principais características da barreira hematoencefálica real, incluindo a humana.
Os pesquisadores demonstraram que a exposição aguda e/ou crônica ao nano-TiO2 leva a um acúmulo dessas nanopartículas nas células endoteliais.
Elas também alteram a função protetora, primeiro, quebrando a barreira e, segundo, diminuindo a atividade da P-glicoproteína, uma proteína encontrada nas células endoteliais, cujo papel é bloquear as toxinas que podem adentrar ao sistema nervoso central.
Os resultados sugerem que a presença de nano-TiO2 poderia ser a causa da inflamação vascular cerebral. Eles também sugerem que a exposição crônica, in vivo, a essas nanopartículas pode levar à sua acumulação no cérebro, com um risco de perturbação da função cerebral.
Nanopartículas de titânio rompem barreira de proteção do cérebro
A exposição crônica às nanopartículas de titâniopode levar à sua acumulação no cérebro,
com um risco de perturbação da 
função cerebral.[Imagem: Wang/Mabondzo/Lacombe]

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REFLEXÃO:
Agora procure no seu protetor solar, seu cosmético diário, seu batom (caso use) sua pasta de dente, seu xampu, seu desodorante, seu teclado de computador, sua camisa, sua água, seu remédio.....vê se encontra nas embalagens a seguinte descrição: CONTÉM NANO?
Provavelmente você não vai encontrar; quer dizer, com toda a certeza você não vai encontrar nada. 
Agora questione-se -- brasileiro que és --; por acaso o Código de Defesa do Consumidor não estaria abarcado por esses produtos que estão à mil no mercado de consumo? Por acaso não se deve cumprir o direito dos utentes quanto à INFORMAÇÃO ADEQUADA?  Já não estaria na hora desses nanoprodutos estarem vinculados aos produtos considerados nocivos, perigosos e que geram riscos aos utentes, conforme consta na referida lei?
Está na hora de consumidores se ENGAJAREM, órgãos públicos atuarem e você ficar atento aos nanoprodutos.
A nanotecnologia promete milhares de soluções à humanidade, todavia a falta de INFORMAÇÃO e REGULAMENTAÇÃO tem gerado o efeito reverso, posto que ao invés de propiciar confiabilidade, permite-se que ondas de pavor e tensidade se instalem. Não é à toa que já ouvimos falar em Nanoterroristas
Espero PRECAUÇÃO das empresas e dos órgãos públicos, ainda mais nessa fase da história onde o consumo está exacerbado e desmesurado e o locupletamento se sobrepõe à CAUTELA.