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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Reunião debate diretrizes para Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia



Integrantes do Comitê Interministerial de Nanotecnologias (CIN) discutiram nesta quinta-feira (11), em Brasília, os próximos passos para a finalização do documento da Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), que servirá de orientação para ações, programas e investimentos do governo brasileiro na área. Essa foi a segunda reunião do comitê, que deu partida, ainda, para a elaboração de um levantamento detalhado dos investimentos realizados. 


Segundo o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Flávio Plentz, ao longo do próximo mês os integrantes do comitê vão trabalhar nos últimos detalhes do documento que vai definir a linha mestra das ações governamentais.  “É uma iniciativa do governo brasileiro e, por isso, vai partir do comitê”, acrescentou Plentz.

A ideia, com o levantamento, é sistematizar as informações – atualmente dispersas – tanto das diversas áreas de governo como do setor empresarial e de outros segmentos. “A partir desse mapeamento de investimentos, vamos procurar saber onde o financiamento precisa ser reforçado e, ainda, os instrumentos que precisam ser criados ou modificados”, frisou. 

Durante a reunião, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec/MCTI), Alvaro Prata, ressaltou a importância do comitê e da necessidade de mobilização de diferentes parceiros em torno desse movimento para impulsionar a nanotecnologia no Brasil.
Segundo ele, a área é considerada prioritária e estruturante para o ministério, o que reforça a relevância de ter linhas cada vez mais detalhadas. “A ideia é que possamos utilizar todos os instrumentos e estruturas para fortalecer esses programas estruturantes”, disse.

Na pauta do encontro, foram apresentados os resultados de grandes eventos promovidos no último mês na área e, também, foi levantada a questão da regulação da nanotecnologia no Brasil, assunto considerado de grande importância pelos membros. “A nanotecnologia tem que ser regulada e tratada dentro das melhores práticas e dos princípios que regem a segurança”, ressaltou Plentz.

Investimento

Integrantes do MCTI informaram, no encontro, que o ministério está em fase conclusiva do orçamento para a nanotecnologia em 2013, que deve ganhar um reforço em relação aos anos anteriores, quando o investimento girou em torno de R$ 5 milhões. “Esse valor deve ser multiplicado por dez”, informou o coordenador da área.

Após dois meses de análises, a coordenação-geral divulgou ao comitê o resultado da seleção do primeiro grupo a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano) – rede recentemente criada para estruturar e ampliar o acesso de cientistas e empresas à infraestrutura de pesquisa básica e avançada com matérias de tamanho atômico.
Do total de 50 propostas apresentadas no edital, 22 foram selecionadas, tendo como critérios o grau de maturidade do laboratório e a disponibilidade de recursos humanos para dar suporte ao público empresarial e a projetos de pesquisa desenvolvimento e inovação. Feita a seleção, serão discutidas condições e recomendações, caso a caso, para os candidatos integrarem o sistema.

“Esses laboratórios vão receber recursos e investimentos para se adequarem ao modo de operação para realmente dar suporte científica e tecnológico para quem quer trabalhar e fazer pesquisa em nanotecnologia”, informou Flávio Plentz.

Sobre o comitê interministerial

O CIN foi criado pela Portaria 510, de 10 de julho, com a finalidade de  assessorar os ministérios na integração da gestão, na coordenação e no aprimoramento das políticas, diretrizes e ações voltadas ao desenvolvimento das nanotecnologias no Brasil. É integrado por um representante e um suplente de dez ministérios, sendo o MCTI responsável pela sua coordenação. 

Cabe ao comitê, entre outras atribuições, propor mecanismos de acompanhamento e avaliação de atividades na área, bem como formular recomendações de planos, programas, metas, ações e projetos integrados para a consolidação e a evolução das nanotecnologias no país, indicando potenciais fontes de financiamento e os recursos necessários para apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Os integrantes se reuniram pela primeira vez em 31 de outubro.

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI