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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Faperj aplica R$ 60 milhões em editais de pesquisa no Rio

Por Alana Gandra


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Fontes de energias renováveis, habitação e urbanização, meio ambiente e petróleo e gás são algumas das áreas consideradas prioritárias pelo edital



A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) assinou hoje (23) contratos com 262 pesquisadores para execução de projetos aprovados em cinco editais, lançados este ano pela instituição. Os recursos somam R$ 60,1 milhões.
O maior volume de recursos (R$ 45 milhões) e o maior prazo para conclusão dos projetos (36 meses) foram dados ao edital Pensa Rio, cujo objetivo é apoiar o estudo de temas relevantes e estratégicos para o estado. "Ele procura induzir os pesquisadores ao tratamento de determinados pontos críticos para o Rio de Janeiro", informou à Agência Brasil o chefe de gabinete da Faperj, Roberto Dória.
Agricultura familiar, orgânica, sustentável e industrial; biodiversidade; biotecnologia; dependência química; desenvolvimento sustentável e conservação de espécies; fármacos; fontes de energias renováveis; habitação e urbanização; meio ambiente; nanociência e nanotecnologia; petróleo e gás; tecnologia nuclear; violência e segurança pública são algumas das áreas consideradas prioritárias pelo edital. Serão apoiados 131 projetos em 17 instituições de ensino e pesquisa fluminenses.
O Edital de Apoio a Equipes Discentes em Projetos de Base Tecnológica para Competições de Caráter Educacional é inédito e terá recursos de R$ 500 mil. Ele visa financiar projetos de base tecnológica de estudantes fluminenses do ensino médio ou superior para participação em competições de caráter educacional, que possibilitem experiências com novas tecnologias, inovação ou empreendedorismo. Entre os exemplos de projetos estão a construção de robôs e barcos não tripulados. Foram aprovados para realização 22 projetos.
Dória não tem dúvidas que este edital será um sucesso e deverá ganhar periodicidade anual, porque os resultados dos projetos vão ser muito tangíveis. "A vibração deles [estudantes] vai contaminar os professores e a instituição", acredita.
O apoio à atualização de acervos bibliográficos de instituições de nível superior públicas e privadas é a meta do Edital de Apoio à Atualização de Acervos Bibliográficos nas Instituições de Ensino Superior e Pesquisa, cuja outorga foi entregue hoje pela Faperj. Ele prevê a aquisição de obras para atualização do acervo ou de títulos novos para equipar as bibliotecas. "Esses títulos têm que ficar também disponíveis no catálogo", disse Dória. A dotação alcança R$ 2,6 milhões.
O Edital de Apoio ao Estudo de Doenças Negligenciadas e Reemergentes foi lançado pela Faperj pela segunda vez, com recursos de R$ 5,7 milhões. O edital objetiva fomentar estudos sobre um conjunto de doenças, que englobam doença de Chagas, dengue, malária, tuberculose, entre outras, classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde como sendo reemergentes ou negligenciadas.
"Normalmente, são doenças que afetam países e populações pobres e os laboratórios, de modo geral, não se preocupam em estudar isso, porque não são doenças que afetam o mundo rico", disse Dória. A proposta é que a Faperj financie tanto diagnósticos, como vacinas, tratamento e controle de vetores relacionados a essas doenças.
A Faperj vai financiar, através do Edital de Apoio à Pesquisa Clínica em Hospitais Universitários, ainda a pesquisa clínica em hospitais universitários com recursos da ordem de R$ 6,3 milhões. "Acho que o edital tem um apelo interessante porque, além de fomentar a pesquisa, ele permite a formação de recursos humanos na área da saúde, em graduação e pós-graduação e, em consequência, prevê a aquisição de equipamentos que atendem à população", disse o chefe de gabinete.
Dória avaliou que além do desenvolvimento da própria pesquisa em si, os editais permitem a recuperação da infraestrutura de pesquisas nas instituições de ensino do Rio. "Essa é uma característica forte de todos os editais que a Faperj tem praticado".