A tecnologia dispensa o uso do petróleo na produção do plástico e o material degrada-se mais depressa.
Utilizar a consciência ambiental para cuidar do futuro do planeta. Esta é a preocupação que os brasileiros consideram na hora de montar um projeto que contribua com a preservação ambiental.
Uma recente pesquisa liderado pela Embrapa Instrumentação aponta que plásticos biodegradáveis para o uso de sacolinhas, copos descartáveis, embalagens e material para a agropecuária estão sendo produzidos através da nanotecnologia, tecnologia que dispensa o uso do petróleo na produção do plástico e o material degrada-se mais depressa. Enquanto o produto tradicional demora até 400 anos para ser absorvido no meio ambiente, o plástico biodegradável leva 18 semanas, em média.
O pesquisador da Embrapa, José Manoel Morconcini, explica que o plástico biodegradável são construídos com a utilização do amido de milho, mandioca, trigo e arroz e o que define o produto como biodegradável é a sua capacidade de se decompor no contato com a natureza.
“Os pré-requisitos fundamentais para um plástico biodegradar-se é ter a presença de micro-organismos vivos no ambiente em que ele será descartado, além da temperatura e da umidade adequadas. Nesse processo, fungos e bactérias vão se alimentar do plástico que for biodegradável”, diz Morconcini.
Segundo o pesquisador, o alto valor do plástico biodegradável em relação ao material tradicional é um dos fatores que dificultam a produção. “Ainda é muito caro o plástico biodegradável, comparando com plásticos comerciais que a gente conhece no cotidiano. É um gargalo a gente não ter grandes produções de peças com material biodegradável”, assinala.
O estudo de plásticos biodegradáveis é feito no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio, criado com investimentos de mais de R$ 10 milhões e mantido com recursos da Agência Brasileira de Inovação - antiga Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) -, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). As linhas de pesquisa englobam desde nanobiossensores e sensores eletroquímicos para monitorar processos e produtos agropecuários, até nanofilmes comestíveis, produção de fertilizantes, pesticidas e remédios para animais.
Fonte: Carmehil