Na terça-feira (21), reproduzimos uma notícia da Agência Espacial Brasileira (AEB) sobre o projeto do cubesat NanosatC-Br-1, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A notícia, aliás, foi atualizada com algumas correções e acréscimos em seu conteúdo (clique aqui para visualizá-la).
Nos últimos meses, outros dois países sul-americanos executaram com sucesso missões similares. Em novembro, a Agência Civil Espacial do Equador lançou o seu segundo cubesat, o NEE-02 Krysaor, com uma câmera de vídeo para imageamento da superfície terrestre como carga útil. O artefato é similar ao NEE-01 Pegaso, primeiro nanossatélite da história do país andino, colocado em órbita em abril passado. Este foi perdido um mês após sua entrada em operação, ao se chocar no espaço com componentes de um antigo foguete russo.
No mesmo voo do Krysaor, realizado por um lançador Dnepr (o mesmo que transportará o NanosatC-Br-1), seguiram os dois primeiros nanossatélites peruanos, o PUCP-Sat 1 e o Pocket-UPCP, projetados e construídos pelo Instituto de Radioastronomia (INRAS) da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP).
Este mês, outro projeto peruano, o UAP SAT-1, da Universidad Alas Peruanas, seguiu para o espaço, levado por um foguete norte-americano Antares com a cápsula Cygnus rumo à Estação Espacial Internacional. Este cubesat, aliás, contou com a participação da empresa colombiana Sequoia Space, que participa ainda de missões na Colômbia, Chile e Equador.
As missões de cubesats sofreram um grande "boom" nos últimos anos, graças a miniaturização tecnológica, aos seus custos relativamente reduzidos para padrões espaciais, geralmente de dezenas ou algumas centenas de milhares de dólares, e ampliação do leque de aplicações. Para muitos países e universidades, trata-se de uma "porta" de acesso à tecnologia espacial, e também de capacitação de "mão de obra" altamente especializada.
Fonte: Panorama Espacial