Por Bruna Cortez | Valor
SÃO PAULO - Apesar da distância que ainda existe entre pesquisadores e diversos segmentos da indústria, o setor de cosméticos tem se destacado no uso da nanotecnologia, segundo Alfredo de Souza Mendes, vice-coordenador da área de micro e nanotecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
“É uma área que vai de ‘vento em polpa’ e tem até produtos com base em nanotecnologia no mercado”, disse Souza, sem citar nomes de companhias e números específicos do setor.
A nanotecnologia é a área da ciência que estuda os materiais numa escala atômica, ou seja, a partir de estruturas muito pequenas.
A nanotecnologia é a área da ciência que estuda os materiais numa escala atômica, ou seja, a partir de estruturas muito pequenas.
O aumento do número de produtos baseados em nanotecnologia, no entanto, ainda depende de uma integração maior entre pesquisadores e indústria. Segundo Souza, a comunidade científica geralmente não tem um caráter empreendedor e é nesse ponto que a indústria tem papel fundamental para a “transformação do conhecimento em riqueza”.
A nanotecnologia pode ser aplicada ao desenvolvimento de diversos produtos, como tecidos que não mancham, materiais para limpar substâncias tóxicas e equipamentos eletrônicos em geral.
De acordo com Souza, o investimento em nanotecnologia é um dos elementos fundamentais para que os produtos produzidos no Brasil ganhem maior competitividade no cenário internacional.
O MCT teve aproximadamente R$ 66 milhões para fomentar projetos na área de nanotecnologia em 2011, segundo Souza. Os editais foram publicados neste ano pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), mas os recursos devem estar disponíveis em 2012. Parte do valor total também é destinada à pesquisa e desenvolvimento na área de nanotecnologia nas empresas.
(Bruna Cortez | Valor)
Fonte: Valor Econômico
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REFLEXÃO:
Eis que mais uma vez acrescento meu questionamento: até quando o direito do consumidor que não tem a INFORMAÇÃO, conforme preceitua o Código de Defesa do Consumidor, será violado em relação aos NANOPRODUTOS?
REFLEXÃO:
Eis que mais uma vez acrescento meu questionamento: até quando o direito do consumidor que não tem a INFORMAÇÃO, conforme preceitua o Código de Defesa do Consumidor, será violado em relação aos NANOPRODUTOS?
Já disse em outra oportunidade que não sou contra (mas nanopessimista) quanto ao desenvolvimento da nanotecnologia no Brasil, a fim de competitividade e desenvolvimento. Todavia desenvolver a custa da não informação e de aumentos de riscos aos utentes, isso já é um descalabro.
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O que escrevi no comentário do Jornal Valor Econômico:
"Gostaria de saber quando os Nanoprodutos serão devidamente Informados nas embalagens e rótulos, já que é direito garantido na Constituição bem como no Código de Defesa do Consumidor.
"Gostaria de saber quando os Nanoprodutos serão devidamente Informados nas embalagens e rótulos, já que é direito garantido na Constituição bem como no Código de Defesa do Consumidor.
Produzir para somente competir, a velha máxima já está ruindo; todavia, produzir para engajar a população e socializar deve ser o desiderato das Nanotecnologias. Afinal, grande parte dos investimentos em Nano no Brasil advém de verbas públicas, portanto é direito de todos saber o que possui ou não Nanotecnologia. "
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Produzir para somente competir, a velha máxima já está ruindo; todavia, produzir para engajar a população e socializar deve ser o desiderato das Nanotecnologias. Afinal, grande parte dos investimentos em Nano no Brasil advém de verbas públicas, portanto é direito de todos saber o que possui ou não Nanotecnologia.