Tem sido amplamente reconhecido que limitações e incertezas substanciais tornam a avaliação de risco convencional (AR) de produtos químicos inexequível em sua aplicação para nanomateriais engenheirados (ENMs) hoje, deixando os órgãos reguladores com pouco suporte no curto prazo.
Pesquisadores da Universidade Ca' Foscari de Veneza (Itália) publicaram, em janeiro, no periódico Nanotoxicology, uma revisão que discute o estado da arte de avaliação de risco em ENMs, concentrado-se nos dados disponíveis e suas diferentes abordagens.Danail Hristozov e colegas ressaltam que "há escassez de informações confiáveis nas bases de dados de segurança on-line, sendo a literatura dominada por estudos de (eco)toxicidade, enquanto a pesquisa sobre nanoexposição está atrasada. A maioria das abordagens sobre nano-AR é projetada para servir como triagem preliminar de risco e/ou ferramentas de priorização de pesquisa e não se destina a apoiar a tomada de decisão regulatória".
Baseados nos resultados da revisão, financiada no âmbito do Projeto EU FP7 ENPRA, da Comunidade Europeia, os pesquisadores recomendam que as possibilidades de aplicação de ferramentas complementares/alternativas, tal como o uso da técnica de Relação Quantitativa Estrutura-Atividade (QSAR), baseada em modelos preditivos, sejam ademais investigadas usando dados atualmente disponíveis na literatura cinetífica. Isso permitirá que as avaliações de risco a curto prazo possam ser conduzidas de modo a dar suporte a uma regulação oportuna.
Fonte: ABDI - NanoEmFoco
