Ken Donaldson e seus colegas, da Universidade de Edimburgo, Reino Unido, pesquisaram os riscos potenciais à saúde pela inalação de partículas de grafeno. Usaram nanofolhas de grafeno de até 25 µm - as quais estão comercialmente disponíveis e consistem de várias folhas de grafeno -, para testar de que modo, inaladas na evaporação de uma solução, afetam os pulmões de ratos.
Fonte: Laboratório de Química do Estado Sólido - LQES
Não obstante as partículas parecerem grandes, pelo fato de serem planas e tipo placa, elas agem como se fossem pequenas. As propriedades aerodinâmicas invulgares das nanofolhas permitem obter informações de quão profundamente penetram nos pulmões.
Uma vez estando nos pulmões, a resposta imunológica é ineficiente na remoção das mesmas. As partículas poderiam normalmente ser engolidas e eliminadas pelos macrófagos, mas o tamanho das nanofolhas faz com que não possam ser completamente engolidas por uma única célula de macrófago. Isto causa a inflamação e, potencialmente, tem implicações mais sérias a longo prazo.
Grafeno: é preciso ter atenção. Créditos: Chemistry Views. |
Os pesquisadores sugerem que as nanofolhas podem representar um nova relação entre nanorisco e toxicidade estrutural na toxicologia de nanopartículas.
Sugerem ainda que riscos potenciais aos humanos, pela exposição, poderiam ser minimizados pela fabricação de nanofolhas suficientemente pequenas, o bastante para serem fagocitadas pelos macrófagos.
Chemistry News (Tradução - MIA).
Nota do Scientific Editor: o trabalho "Graphene-Based Nanoplatelets: A New Risk to the Respiratory System as a Consequence of Their Unusual Aerodynamic Properties", que deu origem a esta notícia, é de autoria Anja Schinwald, Fiona A. Murphy, Alan Jones, William MacNee e Ken Donaldson, tendo sido publicado na revista ACS Nano, volume 6, número 1, págs. 736-746, 2012,DOI: 10.1021/nn204229f.
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Fonte: Laboratório de Química do Estado Sólido - LQES