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Alguns atletas farão os exames na véspera de suas provas, no dia e 24 horas depois. Segundo o COB, o resultado do exame revelará cerca de 20 variáveis (entre elas, níveis de pH, sódio e cloro) que ajudam, por exemplo, a mapear as condições musculares e físicas do atleta durante a competição.
Os nadadores, lutadores (judô, boxe e taekwondo) e corredores da delegação fazem parte do projeto. "A intenção é conhecer bem o corpo do atleta", afirmou Jorge Bichara, que comanda a equipe de ciência do esporte do comitê.
"O exame fornece informações do estado agudo do atleta e permite, num curto espaço de tempo, correções no seu treino. Queremos deixar o atleta no auge da sua performance na Olimpíada", completou o preparador físico.
Com a ajuda da nanotecnologia, o COB pretende tornar a coleta menos dolorosa. Pela nova tecnologia, basta apenas um pequeno corte no dedo para "mapear" o atleta. O resultado do exame estará pronto em cerca de três minutos, com ajuda de um microchip e solventes químicos. O programa é um dos projetos elaborados pelo grupo de ciência do esporte do comitê, que contará em Londres com 17 especialistas em diversas áreas, como psicologia, cinemática, biomecânica, fisiologia e nutrição.
"Com os adversários cada vez mais preparados, o detalhe faz a diferença numa competição de tão alto nível. Por isso, estamos aqui para aliar o talento com o conhecimento", disse Bichara, que desenvolve o projeto há cerca de três anos no comitê.
Até agora, cerca de 80 atletas que participam do programa de ciência do esporte já garantiram vaga nos Jogos de Londres. Campeões como o velejador Robert Scheidt, que tem duas medalhas olímpicas de ouro em seu currículo, o ginasta Diego Hypólito e o jogador de vôlei de praia Emanuel recebem os cuidados da equipe do COB.
O velejador Ricardo Winnick, o Bimba, foi um dos primeiros a se integrarem ao programa. Neste período, ele ganhou 5 quilos de massa magra, além de ter mudado a rotina de treinamento. Ele conta agora com fisioterapeuta, preparador físico e nutricionista em Búzios, todos pagos pelo comitê. "Para cada atleta, as exigências são diferentes. O nosso trabalho é como se fosse o de montar um grande quebra-cabeça", explicou Bichara.
Fonte: ABDI
