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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Bahia cria Parque Tec para alavancar pesquisa no estado

Com R$ 118 milhões investidos, polo tecnológico atraiu empresas como IBM, Portugal Telecom e Petrobras.
Para atrair empresas para o primeiro parque tecnológico da Bahia, o governo estadual oferecerá, além de estímulos fiscais e área construída subsidiada, bolsas de até R$ 14 mil mensais para contratação de pesquisadores estrangeiros. Já foram feitos 40 pedidos de bolsas.

"É obrigatória dentro do parque a pesquisa aplicada. Nós entendemos que a parte acadêmica deve ser feita dentro das universidades", afirmou Paulo Câmera, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia. O investimento é de R$ 118 milhões no parque, que começa a funcionar em maio.

Pesquisa Aplicada - Para ser um ambiente de promoção da pesquisa aplica, o parque reunirá as sete universidades que realizam pesquisa no estado. As duas primeiras entrarão já na primeira fase. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Estadual da Bahia (Uneb) terão unidades de pesquisa no Tecnocentro, primeiro prédio do polo. Foram gastos R$ 53 milhões na construção.

A vocação do Tecnocentro será o desenvolvimento de software e sistemas para dispositivos móveis. Além das universidades, estarão presentes empresas de tecnologia como a IBM, Portugal Telecom, Indra, Sábia e Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene).

A Bahia acertou os últimos detalhes com o instituto alemão de pesquisa Fraunhofer TI, centro de engenharia de software, durante a CeBIT, maior feira de tecnologia do mundo, em Hannover. As gigantes conviverão com startups, presentes na incubadora do Tecnocentro. Até agora são nove, mas há capacidade para abrigar 22.

Na fase dois, será criado o Complexo de Equipamentos Dinamizadores. Custeado pela Bahia e pelo governo federal, via BNDES, o investimento será de R$ 38 milhões. Durante essa etapa serão incluídas as outras quatro universidades e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. A previsão é que seja entregue em 2014.

O complexo se concentrará em pesquisas em biotecnologia e produtos farmacêuticos. Da soma total, R$ 27 milhões bancarão a compra de equipamentos para pesquisas em áreas como nanotecnologia e genoma humano. O governo da Bahia espera que isso atraia empresas que construam uma cadeia de produção em torno das pesquisas nessas áreas.

Incentivo fiscal - A Bahia também concederá incentivos fiscais para levar empresas. As que se instalarem terão isenção de IPTU e redução de até 90% na base de cálculo do ICMS para serviços de telecomunicação.

Além disso, outras empresas poderão se instalar em terrenos na área de 581 mil metros quadrados do parque. Elas receberão redução na alíquota (de 5% para 2%) do ISS para construção. A Petrobras fez essa opção. Gastou R$ 25 milhões para ter seu próprio edifício, de cinco andares, em uma área de 5.800 m². As pesquisas na área de energia serão tocadas pela UFBA.