Pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto busca desenvolver nanopartícula capaz de levar medicamento diretamente a células cancerígenas e, assim, diminuir efeitos colaterais do tratamento
A luta pela recuperação da saúde do paciente pode ser comparada a uma guerra. O remédio é a bomba e a doença, o alvo a ser abatido. Por causa da baixa capacidade de direcionar o projétil para o ponto que se mira, toda explosão atinge locais que deveriam continuar ilesos. Essas imprecisões causam os efeitos colaterais adversos do uso do medicamento.
No tratamento do câncer, por exemplo, a quimioterapia busca impedir a proliferação das células doentes, mas acaba matando tecidos normais, o que causa perda de cabelo e peso, anemia, náuseas e vômitos. Em Minas Gerais, um estudo científico desenvolvido na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) pretende usar a nanotecnologia para aumentar a eficácia dos fármacos empregados no combate ao câncer e reduzir os efeitos colaterais.
A ideia é fazer a bomba atacar somente os vilões. O composto ativo administrado pelo médico seria transportado até as células doentes dentro de cápsulas de dimensões microscópicas, as nanopartículas, e ativado por um raio laser. As substâncias passariam a atacar a enfermidade ao serem estimuladas pela luz, técnica chamada de terapia fotodinâmica
Fonte: Correio Braziliense