O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) comemora 25 anos com uma série de Colóquios que resgatam a história da construção da atual fonte e apontam as perspectivas que se abrem com a construção de Sirius, a nova fonte Síncrotron.
No dia 31 de maio, Rogério Cerqueira Leite, um dos principais idealizadores do LNLS; Ricardo Rodrigues, coordenador do projeto da atual e da futura fonte Síncrotron; e Yves Petroff, diretor científico do LNLS, lembraram os primeiros anos de implantação do projeto e identificaram os principais desafios do novo empreendimento.
O ministro Marco Antonio Raupp, da Ciência, Tecnologia e Inovação, que participou das comemorações, afirmou que o projeto Sirius tem o integral apoio do MCTI. "Não por acaso, estão aqui presentes nesse evento, a cúpula do ministério, demonstração da importância que esse Laboratório e o projeto Sirius têm para o MCTI", disse.
O ministro confirmou que a Petrobras deverá apoiar a construção de Sirius, a nova fonte brasileira de luz Síncrotron. "Os entendimentos estão avançados. Só falta a autorização da Agência Nacional de Petróleo [ANP]", afirmou Raupp. Ele adiantou que há negociações igualmente avançadas com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e conversas iniciais com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "No dia 30 de maio, aniversário de 50 anos da Fundação, afirmei em meu discurso que um dos projetos em cooperação do Ministério com o estado deveria ser Sirius", disse. "A Fapesp tem sido parceira do MCTI em várias iniciativas como, por exemplo, a de aquisição do supercomputador para o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos [CPTEC], do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [Inpe]".
Orçado em R$ 467 milhões, Sirius será uma fonte Síncrotron de 3ª geração. Vai operar com energia de 3,0 Giga elétron-volts (GeV) e terá muito mais brilho que a fonte atual, o que abrirá novas perspectivas para a pesquisa e ciência brasileiras.
Das 45 fontes Síncrotrons em operação em todo o mundo, 15 são de terceira geração. Com desempenho equiparado ou superior a essas novas fontes, Sirius vai aumentar a competitividade do País em áreas estratégicas de pesquisa como nanociências, biologia molecular estrutural - base para o desenvolvimento de fármacos -, materiais avançados e energias alternativas.
Fonte: Jornal da Ciência