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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Portugal: armazenamento de energia na base de projetos com China



O ministro da Ciência da República Popular da China apontou hoje a investigação a nível de baterias, armazenamento de energia e sensoriamento através da nanotecnologia como "áreas para projetos conjuntos" entre Portugal e a China.

De visita ao Instituto Ibérico de Nanotecnologia (INL), em Braga, Wang Gang apontou a nanotecnologia como uma "área importante" na cooperação científica com Portugal, depois de segunda-feira os dois países terem estabelecido bases para uma parceria na criação de "uma incubadora" e um centro de transferência de tecnologias.

Segundo o ministro da Ciência português, Nuno Crato, o referido memorando vai ainda "mais longe" ao "criar uma comissão técnica que vai prosseguir e organizar a colaboração entre os dois países e que tem como um dos objetivos fundamentais organizar uma incubadora que permita transformar em valor e iniciativas de valor económico a investigação científica".

Além da nanotecnologia, a bio-medicina, tecnologias de informação e energias renováveis são outras das áreas que o memorando de entendimento entre China e Portugal abrange.

"Já vejo muitas áreas que os dois países podem ter projetos conjuntos e iniciar uma cooperação. Como baterias a nível de nanotecnologia, armazenamento de energia, o sensoriamento com nanotecnologia, novos materiais", apontou Wang Gang.

Segundo Nuno Crato ainda se estão a "identificar projetos", mas uma das possibilidades adiantadas pelo responsável português foi a área de desenvolvimento de "carros elétricos".

Crato lembrou que "já existem projetos comuns" entre os dois países e que a "responsabilidade" dos ministros da Ciência de ambos os países é "desenvolver essas colaborações e dar as maiores possibilidades para que elas apareçam e continuem".

O ministro português esclareceu ainda que esta colaboração está aberta "a todos" os centros de investigação e que o financiamento destas iniciativas é concorrencial.

"Como sempre em ciência as fontes de financiamento são competitivas. Os projetos têm que valer pelo seu mérito. Têm que ser analisados de um ponto de vista da qualidade", afirmou.