Modelo computacional mostra arranjo de nanoesferas de cristal líquido dentro de gota |
A ideia é defendida por uma equipe internacional de pesquisadores coordenada por Juan de Pablo, da Universidade de Wisconsin-Madison, Estados Unidos, que simulou num modelo computacional a interação entre as moléculas de cristal líquido, material empregado atualmente em telas de computador e de TVs e em termômetros de alta precisão, e os chamados surfactantes, compostos que diminuem a tensão superficial de um líquido ou alteram as propriedades de sua superfície de contato.
Os cientistas constatam que, ao resfriar o sistema, as gotas assumiam a forma de uma nanoestrutura ordenada. Quando a temperatura subia, o arranjo era desfeito.O efeito só se mostrava presente quando havia moléculas de cristal líquido interagindo com os surfactantes do sistema. Na ausência delas, o reordenamento não ocorria. “Esse comportamento não era conhecido”, diz De Pablo. Os pesquisadores acreditam que a abordagem pode ser usada para desenvolver dispositivos à base de cristal líquido capazes de detectar toxinas, moléculas biológicas ou vírus.
Fonte: Pesquisa Fapesp