Na comemoração dos 25 anos do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), nesta quinta-feira (31), em Campinas (SP), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, confirmou que a Petrobras deverá apoiar a construção de Sirius, a nova fonte brasileira de luz síncrotron. “Os entendimentos estão avançados. Só falta a autorização da Agência Nacional de Petróleo [ANP]”, afirmou Raupp.
Fonte: Correio Popular
Sirius, de acordo com o ministro, é prioridade do MCTI e contará com recursos orçamentários da pasta. A construção está orçada em R$ 467 milhões. O projeto consiste numa fonte com 3,0 giga elétron-volts (GeV) de energia e muito mais brilho que a atual. Isso abrirá novos horizontes para as técnicas de caracterização de materiais, já que permite, por exemplo, o uso de raios X com micro e nano focalização.
Das 45 fontes síncrotrons em operação no mundo, 15 são de terceira geração. Com desempenho equiparado ou superior a essas novas fontes, Sirius vai proporcionar a competitividade do Brasil em áreas estratégicas de pesquisa como nanociências, biologia molecular estrutural – base para o desenvolvimento de fármacos –, materiais avançados e energias alternativas. Os vencedores do Nobel de Química em 2009 usaram um acelerador dessa categoria para desvendar a estrutura molecular do ribossoma, organela celular que catalisa a tradução do código genético para proteínas.
Marco Antonio Raupp sublinhou que a estrutura ampliará as oportunidades de pesquisas desenvolvidas pelos laboratórios nacionais de Biociências (LNBio), de Nanotecnologia (LNNano) e de Bioetanol (CTBE), instalados no mesmo campus. Os quatro laboratórios – LNLS, LNBio, LNNano e CTBE – , abertos à comunidade científica e empresarial, integram o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Comemoração
Os 25 anos do LNLS estão sendo comemorados com uma série de colóquios que resgatam a história da construção da atual fonte Síncrotron e traçam perspectivas para o futuro. Neste primeiro, os primeiros anos de implantação do projeto foram lembrados por um dos principais idealizadores do LNLS, Rogério Cerqueira Leite, pelo coordenador do projeto da atual e da futura fonte Síncrotron, Ricardo Rodrigues, e pelo diretor científico da instituição, Yves Petroff, que também identificaram os principais desafios do novo empreendimento. Os futuros colóquios tratarão dos temas “Desafios técnicos e de gestão”, “Gargalos do financiamento” e “LNLS: os próximos 25 anos”.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação