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quinta-feira, 15 de março de 2012

Brasil discute novas áreas de cooperação com os Estados Unidos


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Nanotecnologia, biomedicina e ciências da vida, tecnologia da informação e comunicação. Essas são as novas áreas de interesse na cooperação bilateral entre Brasil e Estados Unidos. Parceria no programa Satélite Geoestacionário Brasileiro também foi discutida.
Os campos de colaboração entre os países foram discutidos na 3ª Reunião da Comissão Mista Brasil-EUA sobre Cooperação em Ciência e Tecnologia realizada, nos últimos dois dias, entre representantes das comunidades científica e acadêmica e empresários no Palácio Itamaraty, em Brasília.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (13), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Marco Antonio Raupp, o conselheiro científico da Casa Branca, John Holdren, o diretor do departamento de temas científicos e tecnológicos do Ministério de Relações Exteriores (MRE), embaixador Benedito Fonseca Filho, e o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, apresentaram o resultado do encontro, que servirá de subsídio para a visita da presidenta da República Dilma Rousseff aos Estados Unidos, prevista para 9 de abril.

De acordo com Raupp, há grande esperança em aumentar a cooperação com os norte-americanos, como foi manifestado na reunião e a partir da visita do presidente dos EUA, Barack Obama, ao Brasil, em março do ano passado, quando surgiu a ideia de implantação do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF). "Mostra que essa cooperação está sempre presente em decisões de programas importantes", disse o ministro do MCTI.

O governo brasileiro pretende oferecer 20 mil bolsas para os Estados Unidos ao longo dos próximos quatro anos. Para John Holdren, um dos maiores focos da cooperação é exatamente o intercâmbio na área científica e acadêmica. Ele comunicou que o governo americano planeja enviar 100 mil estudantes para a América Latina.

Holdren ainda ressaltou a importância de ações para incentivar o ingresso feminino na ciência. "Elas são metade da população dos países e estão sub-representadas na ciência, não representam a metade da produção científica", afirmou.

O representante norte-americano fez um histórico da cooperação científica entre Brasil-EUA, que, segundo ele, data dos anos 1940 e foi formalizada nos anos 1980. A comissão foi criada pelo Acordo Relativo à Cooperação em Ciência e Tecnologia, em vigor desde 1984. Suas duas primeiras reuniões foram realizadas em Washington, em julho de 2006 e em novembro de 2009.

Cooperação - Nesta terceira reunião, foram avaliadas possibilidades de intensificar a colaboração em inovação, ciências oceanográficas, metrologia, mitigação de desastres naturais, a participação das mulheres na ciência e a mobilidade científica e acadêmica, no contexto do CsF; além da cooperação nas áreas de TICs, biomedicina e ciências de vida e nanotecnologia.

Nesse sentido, Raupp informou que uma videoconferência sobre biomedicina foi agendada para a próxima semana, a fim de iniciar as atividades. O ministério também vai avaliar ações possíveis nos outros campos. "Nanotecnologia é uma área em que nós temos muito interesse. É algo que está na linha de frente na questão de materiais novos e, muitas vezes, revolucionários. Os Estados Unidos investem muito nesta área, então gostaríamos de ter uma cooperação maior", enfatizou.

Satélite Geoestacionário - De acordo com o ministro Raupp, empresas norte-americanas poderão ser fornecedoras de componentes do programa Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) - a ser produzido totalmente no País, para observação militar e comunicação. Segundo ele, a coordenação geral do programa será da Agência Espacial Brasileira (AEB).

O SGB está sendo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que é privada, com a estatal Telebras. "Estamos começando, agora, a cooperação, que se destina a atender à banda larga. É um projeto puramente industrial, pelo qual já foi constituída uma empresa da Telebras e Embraer", disse Raupp.

De acordo com o ministro, o programa do SGB envolve compras estrangeiras e a coordenação brasileira da produção do satélite. "Duas coisas caracterizam esse projeto: as compras internacionais, que serão bastante grandes e, certamente, existem empresas norte-americanas que poderão participar dessa escolha, e será a empresa integradora, a principal", disse.

Ele também destacou a importância da transferência de tecnologia que ocorrerá por meio do programa. "[O segundo aspecto, que é paralelo] é um programa de [transferência de] tecnologia que coordena esse processo e que está sob o âmbito da AEB. É algo em que, certamente, haverá cooperação. Certamente, será em nível empresarial e de indústrias".
(Ascom do MCTI e Agência Brasil)

Fonte: Jornal da Ciência
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Vejam também:
a) Brasil discute cooperação em TIC e nanotecnologia com os EUA