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quinta-feira, 29 de março de 2012

Brasil e Índia ampliam cooperação em ciência e tecnologia

Parceria na área de satélites e acordo para o Ciência Sem Fronteiras serão firmados em Nova Delhi.
As autoridades da Índia serão as primeiras na Ásia a formalizar parceria com o Brasil no programa Ciência sem Fronteiras, lançado em julho de 2011, e que pretende enviar para o exterior, em quatro anos, 75 mil estudantes - desde alunos de graduação até cientistas com pós-doutorado. A presidente Dilma Rousseff elogiou hoje (28) os avanços conquistados pelos indianos em ciência, tecnologia e inovação.

"Os brasileiros admiram a capacidade da Índia de combinar valores milenares com avanços notáveis em ciência, tecnologia e inovação", disse a presidente, que foi homenageada com título de doutora honoris causa da Universidade de Nova Delhi, uma das mais tradicionais da Índia.

Segundo ela, em breve, o Brasil receberá pesquisadores indianos que integrarão o programa Ciência sem Fronteiras. A presidente disse que espera ampliar para 100 mil o número de estudantes brasileiros enviados ao exterior, nos próximos quatro anos. O acordo para inclusão da Índia no programa será assinado na próxima sexta-feira (30), pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Anotnio Raupp e autoridades indianas.

De acordo com Raupp, no caso da Índia, o Brasil espera estimular o intercâmbio nas áreas de tecnologia, saúde, em particular o combate a Aids, malária e turberculose, assim como a farmacêutica, a nanotecnologia e as ciências de forma geral.

A presidente Dilma lembrou também que Brasil e Índia mantêm parcerias nas áreas de tecnologia, petróleo, gás e petroquímica. Segundo ela, a ideia é ampliar ainda mais a cooperação entre as duas nações.

A presidente chegou ontem (27) à Índia onde fica até sábado (31). Ela participa da 4ª Cúpula do Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Nas reuniões estarão presentes além de Dilma, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes Jacob Zuma (África do Sul), Hu Jintao (China), e Dmitri Medvedev (Rússia).

Satélites - O Brasil prepara o lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para proporcionar banda larga a todos os municípios do País, e busca na Índia uma cooperação técnica. A construção e o lançamento, sob responsabilidade da Telebras e da Embraer, têm um custo avaliado de R$ 750 milhões. "Vamos fazer um concurso internacional que abre a possibilidade a uma cooperação tecnológica importante", disse o ministro. O satélite de comunicação dará opção a todos os municípios brasileiros a acessar a banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G.

Brasil, Índia e África do Sul também discutirão nos próximos dias o lançamento de outro satélite para a observação do clima no Atlântico Sul, o que permitirá fazer as medições necessárias para "entender as anomalias com o campo magnético terrestre que deixam passar as radiações ultravioletas".

Com a China, país com o qual mantém uma intensa cooperação desde a década de 1980 - com o lançamento conjunto de três satélites -, o Brasil prevê o lançamento de um satélite este ano e outro em 2014, informou o ministro, que considera "estratégica" a cooperação.