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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Programa de INCT estimula novo modelo de fazer ciência no país


MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Considerado estratégico pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o programa que implantou  os institutos nacionais de ciência e tecnologia (INCT) totaliza hoje 126 unidades, que atuam em diversas áreas como saúde, biotecnologia, nanotecnologia e energia, tendo movimentado recursos de R$ 610 milhões. 

É uma nova forma de fazer política, orientando de forma horizontal dentro do governo, e vertical com os parceiros, inclusive os estaduais, na capacidade de empreender, cada vez mais, a capacidade de ciência e inovação no Brasil”, assinalou o secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, que preside o comitê de coordenação dos incts. Em reunião do grupo, em Brasília, nesta quarta-feira (11), o comitê discutiu métodos mais rigorosos para o acompanhamento dos trabalhos dos institutos. “O objetivo é saber quais institutos tiveram capacidade de empreender os objetivos elaborados no início do contrato para os cinco anos”, explicou Elias. 

Embora ainda esteja em fase de avaliação, para o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, já é possível comemorar o sucesso da iniciativa, que propôs um novo modelo de fazer ciência, buscando a fronteira do conhecimento e transferência de tecnologia em benefício da sociedade. “Isso é feito de forma integrada, num formato de rede multidisciplinar, com complementariedade de áreas temáticas de grupos diferentes que se juntam num projeto, no qual o resultado é mais do que a soma de cada uma das partes”, analisou Oliva. 

Resultados

Entre os resultados do programa, Oliva destacou a criação de uma rede de indústria de pequenos veículos aéreos não tripulados (chamados Vants) nas áreas de defesa e agricultura, esta última para avaliação do desenvolvimento de pragas nas plantações. 

O presidente do Cnpq acrescentou, ainda, a elaboração de um mapa de oportunidades para a inserção de comunidades étnicas no sistema educacional brasileiros, numa iniciativa da Secretaria de Políticas de Igualdade Racial da Presidência da República. “Temos vários casos de sucesso. Esses são dois exemplos, um na engenharia e outro na de ciências humanas; mas nós temos vários Inct na área de saúde que desenvolveram vacinas que estão praticamente no mercado, como, por exemplo, a vacina da Leishmaniose”, comentou Oliva. 

Na avaliação do secretário executivo do MCTI, o sucesso do programa é fruto de uma grande parceria, envolvendo fundações de amparo à pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério da Saúde, entidades que estavam representadas no comitê de avaliação. 

Segundo Luiz Antonio Elias, os institutos “são instrumentos importantes dentro da agenda de ciência e tecnologia e representam um salto qualitativo em termos da capacidade de articulação em rede sobre temáticas relevantes e prioritárias para o avanço da ciência, assim como para o avanço da sociedade brasileira”. 

Para o ano que vem, o comitê planeja a realização de um workshop, de maneira que os representantes apresentem os resultados alcançados até o momento. Em paralelo, uma comissão analisará as lacunas e brechas ainda existentes no país em relação às áreas ainda não cobertas pelo programa.



Fonte:  Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação